Os sintomas de ansiedade aumentam em média 30% após uma noite mal dormida
Basta uma noite sem dormir para reduzir a pó seu autocontrole. A prova está no seu cérebro. Cientistas da Faculdade de Medicina de Harvard conseguiram fotografar os efeitos diretos de um pernoite insone em uma série de ressonâncias magnéticas. Em um primeiro check-up na manhã seguinte, o nível de ansiedade dos voluntários da pesquisa aumentou, em média, 30%.
Jogando sal na ferida, os cientistas exibiram para eles cenas aflitivas, como idosos sendo maltratados. Isso não foi feito à toa, é claro: o objetivo dos pesquisadores era observar o que acontecia nas regiões cerebrais essenciais para a regulação das emoções. Eles encontraram hiperatividade em dois setores: a amígdala e uma área do córtex cingulado anterior, próxima ao centro do cérebro. Não por coincidência, ambas são responsáveis por processar emoções negativas, como o medo.
Para piorar a situação, o córtex pré-frontal medial (na testa) estava menos ativo que o normal. Uma pena: ele é intimamente ligado à amígdala, e ameniza as reações a emoções que nos fazem mal.
A boa notícia é que, após uma noite de descanso completo, a atividade cerebral dos pacientes foi normalizando. Os cientistas alertam, porém, que a exposição crônica ao sono de má qualidade pode contribuir para sintomas mais duradouros. Está aí um bom motivo para respeitar seus Zzzzs.
Fonte: superinteressante